VASO INTERIOR
De: Henrique Musashi Ribeiro - Março de 1998.
O louco sonha deitado em sua cama
Sonha e sofre deitado na lama de sentimentos
Por ele sufocado e sempre ocultos
Repetindo em sua cabeça,
Afim de que o seu coração entenda,
Que sua fraqueza é a sua franqueza.
O louco rumina despercebido sapos já engolidos
Os nós de suas costas enfeiam seus sonhos
E suas metas caem por terra
Ceifadas pela paixão
Enquanto o coração se encolhe no canto...
Não quer ser visto!
E já não quer mais bater abertamente
Como outrora fizera
E se perdeu nesta bagunça
Antes eu diga:
- Antes se perca do que seja derramado
no cálice de alguém
que irá cuspir no meu vaso e jogá-lo de lado...
e animais pisarão sobre o meu vermelho
estampado sobre a areia
que beberá com gosto,
como se o sangue fosse gotas de chuva
mais abundantes que minhas lágrimas
já derramadas por ti em vida de conflitos
em que esbofeteei a face da razão.

Quem será ou serão estes pobres aviltados ufanistas
que querem morrer de amar
e não de incerteza?
Nenhum comentário:
Postar um comentário