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quinta-feira, 30 de julho de 2009

MAGENTA

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M A G E N T A
Henrique Musashi Ribeiro – Em, outubro de 2006.


O céu é azul, 


mas não penas um só blue


De um lado ao outro existem outras matizes 


a nuançar 


como uma canção 


no silencio sinfônico do céu 






Ao entardecer vem os tons 


de cores quentes


como um pano de fundo – o crepúsculo 


em tons vermelhos vejo o sol 


pintar o azul de laranja 


ao redor dos lábios do céu.






Assim como você tinge o meu mundo 


Com ímpeto dinâmico, silencioso e voraz


Toque sutil envolto a certo mistério 


em cores hentai


o nosso querer dinâmico e sem culpa






Nunca estático!


E assim como no céu,


mesmo ao anoitecer, 


mesmo onde as cores parecem ausentes, 


só negror, 


as trevas são incrustadas


por diamantes 


furta cor.

CRUZADA!

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C R U Z A D A !

 De: Henrique Musashi Ribeiro - Em, 12 de maio de 2005.  

Não queria conduzir-te a verdade, 
antes, prefiro que a encontrasse amiga 
e tu desarmada de conceitos prévios,  
pois se apresento esta poderás dizer 
ser um produto meu e talvez cogitar um dia: 
- Me apresentas-te tua pessoal realidade 
Ó poeta alienista!

 Não quero ser como o tolo crente fascinado 
com a ausência de opções e abraça certa designação, 
não por está certo o caminha, 
mas por lhe convir 
que todas as outros estão errados.  

Queria que visse com os teus olhos, 
não com os meus, embora jovens, 
cansados de confabular comigo mesmo, 
e me perguntar: 
-"Em qual mentira irei acreditar hoje?"  

Minhas constantes brigas com a realidade proposta 
nesta e onde, sempre saio mais ferido 
desta minha pessoal peleja... 
Já fui como o cristão zelosamente doente... 
Fui à cruzada e voltei amigo de um mouro 
Não lutarei mais com outrem pra dourar  
os brasões da vitória alheia e ilusória  

Agora luto só, eu e minha espada - o silêncio. 
Apenas estou a fim de sobreviver.  
Se eu ganho a batalha viro um clone de um merda 
Se eu perder viro apenas merda 
Sobrevivendo serei apenas eu...

NÃO ME ABANDONE

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NÃO ME ABANDONE...
Musica/Letra: Henrique Musashi Ribeiro

Não me abandone doce luz de meus olhos
antes eu desprenda meu ultimo suspiro
Antes me abandone a vida
e eu parta feliz rumo ao desconhecido
acompanhado apenas pela lembrança
de um último beijo ou um sorriso teu.

Não me abandone, boa virtude de meus olhos
antes me abandone o siso
e eu corra alucinado chamando o teu nome
te vendo em cada reflexo e sombra
chamando a própria morte de querida.

Não me abandone, meu bem,
pois que os teu sorriso
é o romper da alva em meu mundo
onde os elementos de sua criação
têm o teu rosto por inspiração, meu estro divino
E os caminheiros deste, por onde andarem,
verão a ti no que fiz, pois brinquei de deus,
pensando em tua doce presença

E o brilho puro de teus olhos
são rutilantes na água cristalina
do mais simples regato de meus sonhos
ao mar de todo meu amor.

E se, por um castigo, torna-m torto – desfigurado
por conta de cada pensamento que dedico a ti
a muito tempo, então, eu não seria nada,
mas antes de chegar ao pó
eu rogaria aos céus,
por um ultimo desejo e vontade:
- Um beijo teu!

O Faquir

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O FAQUIR
De: Henrique Musashi Ribeiro – Em, 11 de abril de 2006.

Estes meus olhos rutilantes, hoje, fitos em ti
Já estiveram opacos, vermelhos, ‘flâmula a meio pau’
Embotados pela lágrima sem consolo...
Hoje, rende-se ao novo ar de esperança,
empreendida em sufocar a voz da traumática experiência,
Não querem mais chorar...

Esta boca faminta, eloqüente e molhada com os teus beijos
Provou de seus dias lacônicos, agrestes e soturnos,
Mas, revigorado, rasguei com os dentes
as fímbrias da obscuridade
E esta mesma boca agora ora, profetiza,
louvo a Deus por tua existência.
Por favor, não deixe, de novo, ficar mudo,
a não ser com um beijo teu...

Estas mesmas mãos que te afagam, acariciam
e te chamam para dançar gostoso...
Já estiveram de punhos cerrados, suadas e trêmulas
ao amparar apenas minhas próprias lágrimas tão sentidas.
E mais uma vez estão estendidas, receptivas
Desejosas do toque de tua pele
e de abrigar somente tuas mãos
Por favor, não me deixe mais cerrá-las...

Este meu tronco, qual, hoje, se debruça,
amoroso, sobre teu ventre ao amor...
Onde te agarras delirante a sugar-me sobre ti...
Há algum tempo já esteve posto literalmente ao chão
Amparado apenas pela parede, cabisbaixo e choroso
Hoje se permite a volúpia de teus braços e boca
a conduzir-me ao teu caminho de doce Afrodite.
Por favor, não permita desolar-me ao chão...

Cansei de ser, de minha alma, o faquir...

FADA

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FADA 
De: Henrique Musashi Ribeiro

Fada do urbano encanto
Em seu, fácil, sorriso infante
Leva e trás meus olhos contigo,
Mesmo na ausência dos tais

Vem e revoa meus sonhos
Esperando possível abraço
E, quem sabe,
pousa-me em um beijo

Fada a dizer-se louca
Louca, talvez tua boca,
A dizer-me discreta
certas veleidades
só em tua mente escondida,
mas que os teus dedos a denunciam
quando teclas o teu carinho
jogando flores
ao longo do caminho

quarta-feira, 29 de julho de 2009

HOMO SAPIENS

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HOMO SAPIENS
Do livro "Social Carrasco" - por,  Henrique Musashi Ribeiro


Enojam-me os papos cabeça, as frases feitas 
a conjurar as falsas sabedorias populares 
que andam de boca em boca
– um tolo padrão despercebido 
Placebos anestésicos da canalhice moderna 
onde justificamos, tão risonhos,
as nossas traições e promiscuidades 
em todas suas modalidades pueris

É ainda mais seboso 
quando certas sabedorias são proferidas
pelas bocas dos ditos bons ‘moricegos’
a cantar suas secretas ações 
- Lasque-se o próximo! Viva a omissão!
Mas, uma vez de mãos postas e piedosas
depois de um “Pai Nosso”
a mão se benze e a mesma voz, agora mansa, diz:
- Tenha fé e que Deus te ajude!

Enojam-me os que cantam e carregam 
a bandeira da amizade dos analfabetos sentimentais
- “A amizade é algo que atravessa a alma...”
Atravessa a alma, passando pelos bolsos,
olhando a etiqueta da calça!
Tão práticos e tão legais! (risos)

Seja entre as fileiras em frente a um altar
ou sentados, galhofando em uma mesa de bar
A relacionarem-se tão vazios 
reclamando depois, como eu, 
o vil engano sofrido 
Como fuampas arrependidas de si mesmas
choram tão vazios e solitários!
Choram o oposto de sua imponência 
demonstrada anteriormente
com o dedo competente 
apontado para a cara 
de quem lhes pôs aos pés o próprio coração
- Perdoai Senhor os bons otários!
- Perdoai Senhor as velhas meretrizes!
As novas biraias são aparentes senhoras e moças 
tão espertas e bem relacionadas
As novas bichas são metrossexuais? 

E os franqueiros de hoje são tão civilizados

- Viva a Lei Maria da Penha!

Desculpem, mas não mais me misturo
- É claro! Claro? Ou seria obscuro?
Não tenho grana pra pagar a mental fornicação
Não consigo lidar com os neo-analfabetos emocionais,
Que embora, em seu íntimo, falem e busquem,
mas não aprenderam, burramente BBB, 
o que vem a ser o AMOR nem por definição.
 E agora?
- “Cala boca poeta que eu tô vendo a droga da novela!”


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Solidão

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SOLIDÃO
De: Henrique Musashi

Solidão...
palavra primeira a rondar minha mente.
Quisera, meu Deus,
não ser , em minha vida,
o tema da derradeira canção.

Venha a vida,
professora doce e impiedosa,
e me ensine a desamarrar
soturnos cordões.

Venha o amor,
vestido de bobo - Quasimodo
Quebrar os cadeados do meu peito
e enfeitar de brilho me sorriso desbotado
e embotado de dor.

Venha outra personagem adjuntora
ser minha estrela coadjuvante
neste clipe musical dos anos 30
que tem sido a minha vida.


ABOBÓRAS AO VENTO

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ABÓBORAS AO VENTO
De: Henrique Musashi Ribeiro -  Em, 18 de maio de 2005.

Te vejo, menina, que outrora acreditou em 'contos de fadas'
Vê-se, talvez, agora como 'patinho feio',
mas no fundo apenas 'princesa desencantada'
com as regras desiguais deste mundo a citar-te desilusões
sem 'príncipe encantado'.
Quiçá eu fosse príncipe, mas seja eu apenas sapo...

Queria encontrar-te um dia destes
olhar em teus olhos e simplesmente dizer: - Bom dia!
E nesta saudação percebas placidamente em meus olhos naturais
as flores que buscas para os teus dias comuns...

Mas é sempre assim, sei,
buscam o que é enganosamente magnífico,
o príncipe lindo que não sou...
E, assim, tu e eu nos desencontramos de nossa busca comum,
por conta de nossa mente oprimida pelos conceitos hodiernos
acabamos por buscar o inexistente, ciente, talvez, do engano
E 'sem querer querendo' renunciamos a felicidade.

Os nossos olhos nos enganam,
pois a paixão é aquilo que os olhos tornaram bem-vindos
ao coração...

É... Infelizmente... Talvez, ou quase certo
damos 'fora', esnobamos o que buscamos e bem queremos
pra correr atrás de desilusões azuis
e iminentes lagrimas para os nossos olhos chorarem

Adoraria ser eu um contigo, mas
sou eu apenas,  simples poeta, a plasmar-me, humilde,
com o teus olhos bela luz.

***
Interessante como uma poesia, relativamente antiga, ainda se pareça com a história da maioria das mulheres que eu conheço e suas dores tendenciosas e ofuscantes. (Henrique Musashi)

SEI...

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SEI...
De: Henrique Musashi Ribeiro - Em, 18 de maio de 2005.

Sei que tuas primaveras superam meus olhos outonos
E, provável, teus olhos parcos, outrora invernos,
já viram mais que os espelhos de minh'alma
Por certo, ou errado, já viste frente a frente
Grã delusão ofuscaste
a embotar a visão de beleza de um simples beijo
e de outros sinônimos da palavra amor

Desilusões de garimpo de malograda bateia,
por achar tantas piritas e nunca pepitas
E de repente, quando se acha ouro tão raso
se duvida que o bom tesouro valha

Poesia também é dor!
É apenas canto lindo de pássaro
arrulhador de belezas só contidas no intimo da alma
e não ao seu derredor.
Eu, poeta, já desisti de dizer
que o amor é lindo,
pois prefiro mostrar, a ti,
que o amor existe!

OLHAR PROFUNDO

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OLHAR PROFUNDO
De:  Henrique Musashi - Em, maio de 2005.

Olhe nos meus olhos,
mesmo pelas lentes insípidas
de uma ‘webcam’
e verás plácidos olhos
que não farão juízo das primeiras cãs
quais, possivelmente, se misturarão
ao negro de tuas madeixas

Ouvi mansa a minha voz
Ouvi... e me imagina o teu travesseiro
Quiçá meu peito o teu tálamo
e meus cuidados o teu cobertor

Silêncio...
Senti a minha respiração
Sente o pulsar no meu peito
o som de uma velha canção
da insustentável leveza do meu ser,
assim como o teu olhar,
mais profundo que o oceano.

Dança

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DANÇA! - De: C. Henrique C. Musashi Ribeiro -
Em, março de 2005.


Deixe-me tomá-la para uma dança

Dança noturna e surreal

Onde nós mesmos compomos e cantamos

a trilha sonora de nosso íntimo dueto




Vem e me untas com tua prata

Cega minha mente

Enlouquece os meus braços

Risca minha boca com o teu verniz

que eu te banho com minha cola humana




Nós, um psicodélico e efêmero coquetel

de favos de luz...

QUERIA SER...

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QUERIA SER...
De: Henrique Musashi Ribeiro - Em, 17 de março de 2005.

Queria ser um raio de sol...
e penetrar no teu quarto
nos primeiros instantes do raiar do teu dia.
Queria eu, também, ser a brisa noturna...
e tocar todo o teu corpo manso e suave
Mas agradeço aos céus por ser homem,
nem vento e nem luz,
pois se o fosse
não poderia tomá-la em meus braços,
arrebatá-la com os meus beijos
e beber de tua boca todo o mel...

Quero e farei!!

Quero sentir o seu peso sobre os meus lombos
Fazer-me tua montaria
ser tua cela numa cavalgada delirante
rumo ao êxtase nirvana
Quero sorver os teu seios
e passear com as mãos por teu ventre
Quero beber de teu gozo
alimentar-me tua feminilidade
com a minha língua safada.

Quero ouvir-te cantar em uivos e urros
Ouvir teus ais indolores,
banhar com a tua transpiração,
até a explosão do nosso ser...

Quero ver-te cair exausta sobre meu peito
e sentir silencioso o teu melhor abraço
que me dirá por meio de teus olhos
que tu ...

PAIXÃO x AMOR

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PAIXÃO x AMOR




De:
C. Henrique Musashi - Em, 10 de março
de 2005




Paixão é agonizante
Amor é mais que um instante

Paixão é bom
Amor é ótimo

Paixão mora no corpo
Amor vive na alma

Paixão impulsiona
Amor faz

Paixão fica
Amor permanece

Paixão arrasta e corre
Amor caminha ao lado

Paixão vibra forte
Amor comemora suntuoso

Paixão latente e vibrante
Amor calmo e constante

Paixão muitas vezes se acaba
Amor nunca morre,
dorme pra acordar mais forte

Homens comuns experimentam um e outro,
até o desabotoar da blusa

O poeta vivi os dois
quando encontra a sua MUSA.



DEIXA-ME

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*** "DEIXA-ME..."  ****


De: Henrique Musashi
Ribeiro
- Em, 11 de março de 2005


 Deixa-me dizer algo inusitado
Deixe-me mostrar o outro lado
Deixe-me dizer, talvez, algo louco
Deixe-me mostrar o meu mundo
Entregar-te-ei os segredos de domínio
público,
mas ignorado (por isso segredo), embora
buscado
por cada ser humano...


Deixe-me falar de AMOR
Deixe-me dissertá-lo nas versões mais
legítimas
que todo mundo gosta, ou gostaria de
viver,
mas por medo ignora, despreza...
talvez porque isso doa e faça sofrer
quando chega o outro e diz:
-'Isso não existe!
Isso é impossível de se viver.'

Deixe-me falar de tal sentimento
que jogamos fora de graça
com um riso no rosto...
Perdemos por medo de perder....
Deixe-me falar de AMOR
Deixe-me falar sobre esta dor gostosa
Que é mãe da saudade
Mãe da mais linda canção
Mãe de meu sorriso...
Não me será necessário falar nada
apenas chega junto de meu peito
e ouvir meu coração bater.

Olhos de Mulher

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Poema "OLHOS DE MULHER"
Do livro: "Seduza-me! As nuances do amor", por Henrique Musashi Ribeiro


Olhos de mulher
São araras silenciosas
Telepáticas
Que flutuam entre os extremos
Carnal e espiritual
Carregados de uma pseudo “psicosinergia”
Capazes de instigar um homem
Dissuadi-lo de sua razão
fazê-lo desejar beber
de todas as águas paradoxas
A água dos anjos
E a água dos demônios






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CARPE DIEN À LISPECTOR

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CARPE DIEN À LISPECTOR 
De: Henrique Musashi Ribeiro 

Beija-me a boca
Faze-o como eu não tivesse pedido
Diz que foi sem querer
E fingiremos juntos estarmos constrangidos
E não entesados...
Eu te pedirei desculpas
e tudo bem!

Dize-me para aparecer sozinho em tua casa
E eu fingirei procurar outro endereço
E eu tirarei, em meus pensamentos,
os teus adereços,
e outro dia tu desejaras que eu volte,
quando tu estiver só
Ou que isso ocorra em outro endereço...

Dize-me, finge ser uma artista
E que tu posas para um nu artístico
Que eu te pintarei com os meus dedos
sobre a tela de teus lençóis
e me despirei, das máscaras, junto contigo.

E dançaremos sobre este tálamo
Tu me farás feliz suar e soar
Eu te farei cantar soprano e contralto
Com a minha língua
a explorar todos os teus lábios
as tuas pétalas quatrifomes
enquanto eu me perco em ti
Tuas mãos se perdem em meus cabelos
Depois de tudo te olharei nos olhos
E deixarei, saudoso, que a tua vida siga, 
até o dia que me quiseres outra vez 

Nem que fosse uma única vez, 
mas que ficarão para sempre 
Nos melhores lugares 
de meus seis sentidos,
pois depois deste dia, 
mesmo se me tornasse cego,
perceberia tua presença,
seria capaz de destinguir o teu cheiro 
em meio a outras lindas flores,
pois nenhuma delas
se igualaria a meu doce encanto
aos seus lábios mais lindos
que os botões de rosa.

(E a partir deste dia sempre iria me lembrar de sua boca quando olhasse um botão de rosa) 

In: XXV.IV.MMIV

Pau de Sebo

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PAU DE SEBO: De: Henrique Musashi Ribeiromaio de 2004.

meio palhaço, eu
Embriagado pelo acérrimo absinto da paixão
Tomou um bode por montaria,
Pois aos seus olhos era belo corcel
Chegou ao pé de um pau de sebo
Disse que alcançaria o céu,
Pois aos seus olhos era a 'Escada de Jacó'
Pobre cego de Babel!


Buscou sombra e sustento
Em uma paineira sem frutos e ressequida
A seu pé bradou em alta voz:
- Quão bela é Arvore da Vida!
Pisando sobre espinhos quebradiços e agudos,
Mas aos seus olhos eram belos galhos robustos.
E foi arriscando a própria alma
segurando em molhos de farpas
Entretanto sentia-se acariciado
pela mais suave palma
E não se conteve até chegar ao topo de sua ilusão
No topo de seu obelisco
havia um tímido e cruel recado que dizia
- NÃO!
O susto fez o meio palhaço poeta cair
do altar fantástico que montara
Agora via-se enganchado em espinhos
a sustentarem-no pelas roupas esfarrapadas
que o impedem de tocar o chão.


Agora vive ferido e suspenso pelos trapos
Pendurado no limbo de seus pensamentos
Não está no topo,
Mas também não está no chão
A não ser pelo seu sangue
Que goteja no chão e se mescla com a poeira
Trazida pelo vento de risos de escárnio


E talvez, nem assim, este aprenda
que todo amor falso transforma
altar e andor de devoto
em seu próprio cadafalso.