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terça-feira, 11 de agosto de 2009

O POETA EM MIM

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O POETA EM MIM
De: Henrique Musashi Ribeiro - Abril de 1998.


O poeta é o menino nu
Que corre sobre seus caprichos
na pura alegria
Com o seu calção na cabeça,
Fingindo estar com sua melhor fantasia de herói

O poeta é o ferreiro do espeto de pau
E a manicure de unhas feias,
O carpinteiro que foi enterrado numa rede,
É a parteira gestante...
Faria ela o próprio parto?
E quem me cantará a alegria?

Se amar é pureza e não o revés
Então o poeta está só,
Pois não há um diálogo de ida e volta,
Mas sempre há uma estação final.
Vem então a certeza de tudo
é apenas uma coisa fugaz,
Uma corrida atrás do vento.


   

VASO INTERIOR

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VASO INTERIOR
De: Henrique Musashi Ribeiro - Março de 1998.


O louco sonha deitado em sua cama

Sonha e sofre deitado na lama de sentimentos

Por ele sufocado e sempre ocultos
Repetindo em sua cabeça,
Afim de que o seu coração entenda,
Que sua fraqueza é a sua franqueza.

O louco rumina despercebido sapos já engolidos
Os nós de suas costas enfeiam seus sonhos
E suas metas caem por terra
Ceifadas pela paixão
Enquanto o coração se encolhe no canto...
Não quer ser visto!
E já não quer mais bater abertamente
Como outrora fizera

Já não importa se o sangue errou de veia
E se perdeu nesta bagunça
Antes eu diga:
- Antes se perca do que seja derramado
no cálice de alguém 
que irá cuspir no meu vaso e jogá-lo de lado...
e animais pisarão sobre o meu vermelho
estampado sobre a areia 
que beberá com gosto,
como se o sangue fosse gotas de chuva
mais abundantes que minhas lágrimas
já derramadas por ti em vida de conflitos
em que esbofeteei a face da razão.

E pergunto agora deste louco deitado...
Quem será ou serão estes pobres aviltados ufanistas 
que querem morrer de amar
e não de incerteza?


               

PEDRAS E FANTASMAS (O Escultor)

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PEDRAS E FANTASMAS (O Escultor)
Letra e Musica: Henrique Musashi Ribeiro - Em, 24 de Junho de 1999.

Eu gosto do dia quando ele está prestes a terminar
O meu dia começa quando para os outros
já terminou
Quando os relógios anunciam que logo mais é
matina

Quando todos dormem e minhas idéias acordam,
Pois os meus fantasmas, agora, vagam
à luz do dia
Por entre multidões de vivos que fazem desmoronar
Pedras de meus precipícios,
em meus caminhos íngremes

São tantas e ao mesmo tempo tão poucas
a minha frente. (as pedras!)
Algumas eu pulo, numas me sento
quando eu me sinto cansado.
Esculpo e exculpo as mais duras e as vendo
como minha arte,
Pois na verdade sou o escultor
de pedras de tropeço.

Ouço, vivo, escuto, mas não me obedeço
Faço o que não quero e o que não quero não faço
De qualquer forma eu passo

Sou o escultor de pedras de tropeço
Esculpo meus próprios conselhos,Mas não me obedeço.