.addthis_toolbox{text-align:center;}.custom_images a{width:32px;height:32px;padding:0} .addthis_toolbox .custom_images a:hover img{opacity:1} .addthis_toolbox .custom_images a img{opacity:0.50}

terça-feira, 11 de agosto de 2009

EQUIDISTANTE

Nenhum comentário:

E Q U I D I S T A N T E
De: Henrique Musashi Ribeiro –  Setembro de 2006

A saudade brotou tão forte,
no eito de minha alma,
falou neste instante pelos meus dedos.
Manifestando-se
nestas linhas balbas
cismada pela distancia
da mesma ausência tua.

Foste ver o mar em outro canto...
Ficaste maior dentro de meu peito,
dentro de uma crisálida soturna
a multiplicar-se incomodamente
avolumando os pelos de meu rosto
e a expressão distante em meus olhos.

No céu, entre as estrelas,
encontrei um consolo...
por saber que meu amor, eqüidistante,
observava a mesma lua redonda e nua,
na mesma  aquarela e moldes de teus seios e ancas
Uma cor suave qual tua tez.
Vendo ela, a lua, entre as brancas nuvens
lembrei-me de ti,
tu entre os nossos alvos lençóis
a espera dos beijos de minhas boca
e do calor de minhas mãos.

A lua, que me disseste, eu vi!
Trouxe-me consolo e depois mais saudade
Lembrou-me no silencio dos céus o que quero
Lembrei a órbita de teus pensamentos e neuras...
E estas mãos falaram
do barulho do silencio
contido no meu coração por tua viagem
povoado pela lembrança de teus olhos
em outros cenários e personagens.

Estas mãos, a saudade fez falar,
Elas mais uma vez,
de todos os dias,
anseiam  por dizer-te
com o toque firme e suave
de outras coisas tais delicias
teus mais lindos ‘ais’

E ao olhar a lua,
quem sabe vejas nela os meus olhos
e quem sabe ela te conte,
no silencio,
os motivos de todo meu amor por ti.
                                                                                                          


O POETA EM MIM

Nenhum comentário:

O POETA EM MIM
De: Henrique Musashi Ribeiro - Abril de 1998.


O poeta é o menino nu
Que corre sobre seus caprichos
na pura alegria
Com o seu calção na cabeça,
Fingindo estar com sua melhor fantasia de herói

O poeta é o ferreiro do espeto de pau
E a manicure de unhas feias,
O carpinteiro que foi enterrado numa rede,
É a parteira gestante...
Faria ela o próprio parto?
E quem me cantará a alegria?

Se amar é pureza e não o revés
Então o poeta está só,
Pois não há um diálogo de ida e volta,
Mas sempre há uma estação final.
Vem então a certeza de tudo
é apenas uma coisa fugaz,
Uma corrida atrás do vento.


   

VASO INTERIOR

Nenhum comentário:

VASO INTERIOR
De: Henrique Musashi Ribeiro - Março de 1998.


O louco sonha deitado em sua cama

Sonha e sofre deitado na lama de sentimentos

Por ele sufocado e sempre ocultos
Repetindo em sua cabeça,
Afim de que o seu coração entenda,
Que sua fraqueza é a sua franqueza.

O louco rumina despercebido sapos já engolidos
Os nós de suas costas enfeiam seus sonhos
E suas metas caem por terra
Ceifadas pela paixão
Enquanto o coração se encolhe no canto...
Não quer ser visto!
E já não quer mais bater abertamente
Como outrora fizera

Já não importa se o sangue errou de veia
E se perdeu nesta bagunça
Antes eu diga:
- Antes se perca do que seja derramado
no cálice de alguém 
que irá cuspir no meu vaso e jogá-lo de lado...
e animais pisarão sobre o meu vermelho
estampado sobre a areia 
que beberá com gosto,
como se o sangue fosse gotas de chuva
mais abundantes que minhas lágrimas
já derramadas por ti em vida de conflitos
em que esbofeteei a face da razão.

E pergunto agora deste louco deitado...
Quem será ou serão estes pobres aviltados ufanistas 
que querem morrer de amar
e não de incerteza?