.addthis_toolbox{text-align:center;}.custom_images a{width:32px;height:32px;padding:0} .addthis_toolbox .custom_images a:hover img{opacity:1} .addthis_toolbox .custom_images a img{opacity:0.50}

quinta-feira, 30 de julho de 2009

O Faquir

Nenhum comentário:

O FAQUIR
De: Henrique Musashi Ribeiro – Em, 11 de abril de 2006.

Estes meus olhos rutilantes, hoje, fitos em ti
Já estiveram opacos, vermelhos, ‘flâmula a meio pau’
Embotados pela lágrima sem consolo...
Hoje, rende-se ao novo ar de esperança,
empreendida em sufocar a voz da traumática experiência,
Não querem mais chorar...

Esta boca faminta, eloqüente e molhada com os teus beijos
Provou de seus dias lacônicos, agrestes e soturnos,
Mas, revigorado, rasguei com os dentes
as fímbrias da obscuridade
E esta mesma boca agora ora, profetiza,
louvo a Deus por tua existência.
Por favor, não deixe, de novo, ficar mudo,
a não ser com um beijo teu...

Estas mesmas mãos que te afagam, acariciam
e te chamam para dançar gostoso...
Já estiveram de punhos cerrados, suadas e trêmulas
ao amparar apenas minhas próprias lágrimas tão sentidas.
E mais uma vez estão estendidas, receptivas
Desejosas do toque de tua pele
e de abrigar somente tuas mãos
Por favor, não me deixe mais cerrá-las...

Este meu tronco, qual, hoje, se debruça,
amoroso, sobre teu ventre ao amor...
Onde te agarras delirante a sugar-me sobre ti...
Há algum tempo já esteve posto literalmente ao chão
Amparado apenas pela parede, cabisbaixo e choroso
Hoje se permite a volúpia de teus braços e boca
a conduzir-me ao teu caminho de doce Afrodite.
Por favor, não permita desolar-me ao chão...

Cansei de ser, de minha alma, o faquir...

FADA

Nenhum comentário:


FADA 
De: Henrique Musashi Ribeiro

Fada do urbano encanto
Em seu, fácil, sorriso infante
Leva e trás meus olhos contigo,
Mesmo na ausência dos tais

Vem e revoa meus sonhos
Esperando possível abraço
E, quem sabe,
pousa-me em um beijo

Fada a dizer-se louca
Louca, talvez tua boca,
A dizer-me discreta
certas veleidades
só em tua mente escondida,
mas que os teus dedos a denunciam
quando teclas o teu carinho
jogando flores
ao longo do caminho

quarta-feira, 29 de julho de 2009

HOMO SAPIENS

Nenhum comentário:

HOMO SAPIENS
Do livro "Social Carrasco" - por,  Henrique Musashi Ribeiro


Enojam-me os papos cabeça, as frases feitas 
a conjurar as falsas sabedorias populares 
que andam de boca em boca
– um tolo padrão despercebido 
Placebos anestésicos da canalhice moderna 
onde justificamos, tão risonhos,
as nossas traições e promiscuidades 
em todas suas modalidades pueris

É ainda mais seboso 
quando certas sabedorias são proferidas
pelas bocas dos ditos bons ‘moricegos’
a cantar suas secretas ações 
- Lasque-se o próximo! Viva a omissão!
Mas, uma vez de mãos postas e piedosas
depois de um “Pai Nosso”
a mão se benze e a mesma voz, agora mansa, diz:
- Tenha fé e que Deus te ajude!

Enojam-me os que cantam e carregam 
a bandeira da amizade dos analfabetos sentimentais
- “A amizade é algo que atravessa a alma...”
Atravessa a alma, passando pelos bolsos,
olhando a etiqueta da calça!
Tão práticos e tão legais! (risos)

Seja entre as fileiras em frente a um altar
ou sentados, galhofando em uma mesa de bar
A relacionarem-se tão vazios 
reclamando depois, como eu, 
o vil engano sofrido 
Como fuampas arrependidas de si mesmas
choram tão vazios e solitários!
Choram o oposto de sua imponência 
demonstrada anteriormente
com o dedo competente 
apontado para a cara 
de quem lhes pôs aos pés o próprio coração
- Perdoai Senhor os bons otários!
- Perdoai Senhor as velhas meretrizes!
As novas biraias são aparentes senhoras e moças 
tão espertas e bem relacionadas
As novas bichas são metrossexuais? 

E os franqueiros de hoje são tão civilizados

- Viva a Lei Maria da Penha!

Desculpem, mas não mais me misturo
- É claro! Claro? Ou seria obscuro?
Não tenho grana pra pagar a mental fornicação
Não consigo lidar com os neo-analfabetos emocionais,
Que embora, em seu íntimo, falem e busquem,
mas não aprenderam, burramente BBB, 
o que vem a ser o AMOR nem por definição.
 E agora?
- “Cala boca poeta que eu tô vendo a droga da novela!”


Compre aqui o livro 'SOCIAL CARRASCO'