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quarta-feira, 29 de julho de 2009

Menino

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M E N I N O
De: C. Henrique C. Musashi Ribeiro  - Em, 22 de Maio de 1999.

Sou eu,
Menino velho
Desprovido aparente de todos o sisos
Perdido diante de tuas curvas opulentas
Que há muito já desabrochadas,
Mas que a pouco tempo era o meu desejo.

Tu,
Surpresa minha,
Pois que nem se quer pensava ser eu notado
E agora me perco e tu me guardo entre os teus braços e busto
Quando na verdade,
Apenas ver-te nua,
Nem que fossem apenas os teus seios,
Em que minha mente os meu olhar abusa
Nas impressões e sombras dos teus mamilos
na transparência de tua blusa.
Sim, apenas vê-los,
Seria a minha saudade mais abusadamente pura,
E em minha cabeça eu criaria a doce ilusão
que tu serias somente minha.

Me assustei,
Mal posso acreditar
que abraçaste minhas costas com tuas pernas macias
As tuas penas - que meus olhos vivem a devoram
a cada culminar dos degraus das escadas da vida deste moleque,
mas até os teus pés me afagam os lombos,
enquanto eu confuso neste ir e vir sem adeus,
mas numa dança horizontal
que tu me disseste ser indolor,
mas teus urrus e sussurros me confundem,
pois parece doer,
mas não me deixaste parar,
Até ver-te abraçar-me pós espasmo e doce exausto sorriso

Eu sempre desejei o teu corpo em sonho,
Mas só queria estar por perto
Com este muito - apenas sonhei
Pouco - muito quis
Mas desta dança
Tu foste mestra e eu aprendiz.

Incoveniente

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I N C O N V E N I E N T E
De: Henrique Musashi Ribeiro - Em, novembro
de 1998.

Por mais que minha boca 
se fizesse agrestiamente seca
De meu doce mel impetuoso
Cantar-te-ia o vento
e sopraria suntuoso em teus ouvidos
Pra que nunca ouvisse
a despedida seca de tuas mãos
Pois prefiro ver-me em braços arrepiados
Do que bem acomodado de canto no meu estofado

Perdoe-me, senhora minha,
o questionamento infante de logo mais
Que soou talvez imprudente da boca
do arrependido reticente
Que se converteu em teu poeta - este rapaz

Não sei o que vês agora quando sai à rua
E não vês tua calçada alta e nua
Esta testemunha silenciosa das pegadas de nossas mãos
Não entendo e nem entenderei se depois de tanto
serei apenas comum - rotineiro

Ó doce enlevo, porque é pecado?
Por que não deixas-te tranqüila
as minhas mãos flutuarem?
E agora
o resumo de nossas despedidas me assombra,
Pois que houve tempo,
que longos eram os acenos,
Mas que agora já aprendeste a me mandar-me silenciar

Ó adeus!
Pois que não és tão longo?
Deste de que fico me despedindo
até o romper da alva
Destes que a hora avança

ÉKSTASIS

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É K S T A S I S
De: Henrique Musashi Ribeiro - Em, 21 de Outubro de 1998.

O que os teus lábios não me
falaram
As tuas mãos já me disseram
tanto
- mais do que deviam
(Mas creio que ainda não
disseram tudo)
enquanto tua boca nem som
produzia,
fizeste minha boca morder-se
em doce enlevo
enquanto passeavas e
hidratavas
os meus sonhos com o mel de
tua boca


Sim, um mel abstrato
de uma boca tal como os teus
olhos - parcos
Porém cheia de carícias
quais ofertas a minha pele
que reveste arrepiada o meu
peito,
o qual dizes, em gestos, ser
tão doce,
pois a tua língua assim me fez
pensar
em cada beijo bem vivido
por bem sentir e bem guardar tal textura
presente na tua superfície tão
opulentamente doce
Enquanto sinto a seda entre
vales e dunas
tão generosamente gostosas
as quais quase sempre me
despertam
o desejo de por sobre elas me
deitar
e quem sabe agonizar de sede
por tanto desejar beber de tua
água.