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terça-feira, 28 de julho de 2009

UM CORAÇÃO

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UM CORAÇÃO
De: C. Henrique C. Musashi Ribeiro - Em, 18 de Abril de 1998.

Tenho um coração,
mas já não sei
se ele que bate no meu peito
ou se ele bate em mim
ou então se é a vida que bate nele.

Tenho um coração...
Sou bem grato por ser apenas um...
Não sei se agüentaria a carga de dois
Não tenho tanto peito pra tanta pressão
Por um só já me custa tantos sorrisos amarelos...
Mas não obstante um outro aceitaria,
desde que fora de mim,
pra fazer par com o meu
ou algo assim "de você pra mim"

Tenho um coração...
to cansado de saber,
e ele de ouvir dizer,
que nem sempre o belo
se acompanha da temperança
e da irmã perseverança...
E já sei que o garbo quase nunca
está com a força do irmão caráter...

Tenho um coração...
Quem dera se fosse de pedra,
Mas se o fosse doeria bem mais,
E certamente iria apedrejar ao invés de palpitar
Então fico eu feliz
com este meu pedaço de carne mole,
Vivo e inquieto
Acho que nem palpita,
Mas simplesmente protesta
Contra o mal do século,
que ele diz ser a solidão.

PAIXÕES

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P A I X Õ E S
De: Henrique Musashi Ribeiro - Em, 3 de Março de 1998.


As minhas paixões em vida

são balanços de doces feridas

sentado me vejo em um bonde

sempre de malas prontas

e mãos já esticadas esperando para dizer
adeus


e um olá de vez em quando,


mas nunca pedido para ficar




O bonde é sempre o mesmo,


só muda o clima, a direção do vento

e os meus cabos de aço

São tantas subidas e descidas,


tantas paisagens perdidas


por está sempre olhando para um outro
lado


Minhas paixões

são minhas viagens planejadas,


mas que ao final da tudo errado.



S U A V E M E N T E

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S U A V E M E N T E
De: Henrique Musashi - Em, 20 de fevereiro de 1998.



A tua boca me fala
De doces perfumes
E minhas mãos se calam
 - Não tenho respostas!
A espada envenenada e fria 
de tua boca
Corta o meu coração,
Mas o vermelho não desbota
e eu olho adiante

Não vejo tuas costas 
a mesma que me mostraste malcriada
Ah! Um dia enganado me agarrei sequioso 
E que minhas mãos eram como um barco
Que deslizavam sobre o oceano de tua costa
Ou diria costas?
E meus dedos mergulhavam nas ondas de teus cabelos
E teus olhos me esfaqueavam
E o meu faro se contradiz
Sinto odores bons de onde apenas vi veneno
E vejo o veneno onde outrora 
era doce e bom de se morar

E agora já não sei 
onde encontrar a nossa verdade comum
Não sei se quer existe,
mas o sabor de teu beijo em minha boca ainda persiste
- Triste verdade e mentirosa dor
Mas é como se em outra boca não houvesse sabor
e minhas mãos não abrigassem outra 
que não fossem as tuas
E tua vaidade me vence pelo cansaço
E sinto que estou sendo suavemente arrastado
e enganado por algo já conhecidamente devorador

É neste momento em que braços atrofiam
E não queremos saber de nosso chão
E de repente fingimos não existir Céu ou Inferno
Suavemente nos esquecemos que somos o que imaginamos
Somos o que acreditamos e concebemos no grande palco:
- O coração!