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terça-feira, 28 de julho de 2009

P Á S S A R O

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P Á S S A R O
De: Henrique Musashi Ribeiro - Em, 08 de Novembro de 1997.

Voa coração pássaro de galho em galho
Voa até que te canses de procurar o teu santuário
Voa alto com medo do alçapão do humano bruto
Que ainda por cima camuflou sua armadilha
Com o mais bonito arbusto

Voa coração pássaro de galho em galho
Não esqueça o risco
Lembra-te sempre do visgo
que há no galho belo
aquele pensas ser teu piso.
Lembra-te do predador
E de seu escandaloso riso
Quando te viu agonizando abrir e fechar o bico
Então, meu pássaro preguiçoso,
Não desse pro galho mais viçoso,
Pois são apenas os que te querem
que fazem este perigoso
Não digas que este mundo não é belo,
Pois não estarias sendo sincero

Voa meu coração...
E foge pro infinito,
Pois bem sei que o cativeiro até que é bonito
Mas o deleite do teu dono seria o teu cantar,
Mas sabemos que são apenas lamentos e gritos.
E pra sempre irias chorar
Por ter preferido a gaiola
Do que o azul infinito.

FOGO DE PALHA

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FOGO DE PALHA 
De: Henrique Musashi Ribeiro - Em, 25 de Setembro de 1997.


Sou o fogo que acende toda palha de tua vida
É até bonito ver a chama te consumir lentamente
Vendo tuas palmas cantando no meio da fogueira
Uma canção confusa
Que diz que o fogo vai durar para sempre

Queima lento,
a palha que outrora farfalhava
Ao vento forte se dobrava
como sinos de despedida
Enquanto a chuva fazia realçar o teu verde mais bonito
Sem que te lembres do iminente e impiedoso outono

És como a palha verde e úmida
Queima devagar,
Mas queima furiosamente
Apenas demora um pouco mais a se acabar
Já ciente, porém mergulhada no engano de ser eterno
o fogo que agora te consome lentamente

E depois que o meu fogo nem mais fumegar
E a tua cinza se espalhar com um novo vento de novidade
E o ciclo se repetir...
Mesmo que desta vez tu venhas a ser o fogo
ou eu a palha.

SENHORA LUA

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S E N H O R A   L U A
De: C. Henrique Musashi Ribeiro - Em, Novembro de 1996.

Posso te ver em meus olhos,
pois és tão cristalina
que não conseguis te esconder,
mesmo que te feches
por trás de tuas pétalas.

Posso sentir o cheiro de tua real vontade
E sei que queres que eu pense
do teu doce trato
que isso é apenas o espório
de uma velha amizade.
Então... Que assim seja Sra. Lua...

Apenas posso de longe ver-te,
Não devo tocar-te, nem desejar-te...
Ó Sra. Lua, foste tão apressada...
E eu?
Fui o infante crescido

Ó Lua,
há quem diga que eu sou culpado
pelo teu luar outrora tão cheio
hoje está minguado.
Teus olhos viraram nuvens
que não conseguem reter a chuva,
mas percebo sol no céu de teu rosto
insiste em brilhar quando estou por perto

Mas confesso Senhora,
por vezes em ti sinto o sol,
e mesmo distante e intocável
posso sentir o teu calor de mulher.