N U A
De: C. Henrique Musashi Ribeiro - Em, 1 de Dezembro de 1998
Minha menina,
Ó tão minha - minha menina
De novo me apaixono cada vez que te vejo - alma nua
Toda nua entre os braços da alma vestida de angústia
Talvez por medo que a porta se abrisse
E flagrassem duas almas quase em fusão - ais e sussurros
E me dizes que se não fosse por aquela porta tu serias bem mais...
- O que?
Que bom que não podes ler meus pensamentos,
mas desconfias de minhas mãos errantes
por sobre tuas protuberâncias sorvidas
tão lindas e arrepiadas
que parecem convidar-me
para mais uma dúzia de passeios e delícias
Já provei do medo,
que muito untava tua vontade de bem mais viver,
que fizeram escorregar teus modos
entre meus dedos arenosos
Agora a vejo na mesma estação que a minha
e eis que agora meu é o teu sorriso
(Assim como o meu é teu também)
Minha menina,
Ó tão minha - sou tão teu menino também
De novo tu me encantas quando me confessas
onde anda as intenções de teus abraços
E choro alegre povoa o meu semblante
- mas talvez penses que seria o sono
Mas o sono não ruboriza o meu rosto de alegria
e neste momento tenho o desejo
de novamente pedir-te em casamento
(Como se nunca tivera pedido antes)
Sim, pra de novo sentir um doce e sagrado enlevo
afugentar os meus demônios
cada vez que tu me das de beber de teu êxtase.