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quarta-feira, 29 de julho de 2009

A Lenda da Rosa Flor

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A Lenda da Rosa Flor
De: Henrique Musashi Ribeiro - Em, 30 de setembro de 2000.

Quando o criador fez as rosas
Fez-se também um mistério preexistente
Na variedade de cada pétala a cor
Fez no principio uma só variedade
Fez a primeira rosa flor

Fazendo outras iguais a primeira
Separou em quatro alqueires
Pelos quais, ao longe, lindo anjo você passou
Cada rosa, tão vaidosa, logo seus lábios cobiçou,
Pois são mais lindos, os teus lábios
Do que qualquer botão de flor.

E de tanta inveja, as rosa,
Começaram a mudar de cor
Algumas rosas por não terem visto
Não mudaram de cor,
Mas o alqueire penúltimo
De deslumbro se amarelou
Já o segundo lote, menos distante,
De vergonha ficaram brancas,
As pobrezinhas perderam a cor,
Mas as que estavam a sua frente
Não escaparam de tal encanto
E por seus lábios lindos se apaixonaram
Se transformaram em rosas vermelhas,
Pois vermelhos são os seus lábios
E por isso é cor de amor.


Seis Dores

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SEIS DORES
De: Henrique Musashi Ribeiro - Em, 23 de Junho de 1999.

Quão triste desventura
De sorte madrasta
Carregar triste cruz de bem querer
Por gostar de quem bem sabe
A maldita arte de fazer chorar o bem querer

E triste é o choro
De quem chora sem consolo
Quando pula sobre os ombros o desalento
Como um triste arrepio, um suave vento
Como praga em se mesmo rogada
Como se agouro em sua cabeça
Desse mil revoadas

Restam quatro olhos e seis dores
Duas dores nos dois olhos que ficam
A olhar, rasos d'água, o amor se afastar
Quatro dores nos dois olhos a partir
Duas dores por ter que ir
Mais duas mais doloridas
Por ter feito seu bem chorar.

Cada olho uma dor:
a dor de quem fica
a dor de quem vai
e a dor de quem fica 
na perspectiva de quem vai,
quem sabe, talvez, uma oitava, 
que seria
a dor de quem vai 
no pensamento de quem fica.

Menino

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M E N I N O
De: C. Henrique C. Musashi Ribeiro  - Em, 22 de Maio de 1999.

Sou eu,
Menino velho
Desprovido aparente de todos o sisos
Perdido diante de tuas curvas opulentas
Que há muito já desabrochadas,
Mas que a pouco tempo era o meu desejo.

Tu,
Surpresa minha,
Pois que nem se quer pensava ser eu notado
E agora me perco e tu me guardo entre os teus braços e busto
Quando na verdade,
Apenas ver-te nua,
Nem que fossem apenas os teus seios,
Em que minha mente os meu olhar abusa
Nas impressões e sombras dos teus mamilos
na transparência de tua blusa.
Sim, apenas vê-los,
Seria a minha saudade mais abusadamente pura,
E em minha cabeça eu criaria a doce ilusão
que tu serias somente minha.

Me assustei,
Mal posso acreditar
que abraçaste minhas costas com tuas pernas macias
As tuas penas - que meus olhos vivem a devoram
a cada culminar dos degraus das escadas da vida deste moleque,
mas até os teus pés me afagam os lombos,
enquanto eu confuso neste ir e vir sem adeus,
mas numa dança horizontal
que tu me disseste ser indolor,
mas teus urrus e sussurros me confundem,
pois parece doer,
mas não me deixaste parar,
Até ver-te abraçar-me pós espasmo e doce exausto sorriso

Eu sempre desejei o teu corpo em sonho,
Mas só queria estar por perto
Com este muito - apenas sonhei
Pouco - muito quis
Mas desta dança
Tu foste mestra e eu aprendiz.