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quarta-feira, 29 de julho de 2009

Seis Dores

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SEIS DORES
De: Henrique Musashi Ribeiro - Em, 23 de Junho de 1999.

Quão triste desventura
De sorte madrasta
Carregar triste cruz de bem querer
Por gostar de quem bem sabe
A maldita arte de fazer chorar o bem querer

E triste é o choro
De quem chora sem consolo
Quando pula sobre os ombros o desalento
Como um triste arrepio, um suave vento
Como praga em se mesmo rogada
Como se agouro em sua cabeça
Desse mil revoadas

Restam quatro olhos e seis dores
Duas dores nos dois olhos que ficam
A olhar, rasos d'água, o amor se afastar
Quatro dores nos dois olhos a partir
Duas dores por ter que ir
Mais duas mais doloridas
Por ter feito seu bem chorar.

Cada olho uma dor:
a dor de quem fica
a dor de quem vai
e a dor de quem fica 
na perspectiva de quem vai,
quem sabe, talvez, uma oitava, 
que seria
a dor de quem vai 
no pensamento de quem fica.

Menino

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M E N I N O
De: C. Henrique C. Musashi Ribeiro  - Em, 22 de Maio de 1999.

Sou eu,
Menino velho
Desprovido aparente de todos o sisos
Perdido diante de tuas curvas opulentas
Que há muito já desabrochadas,
Mas que a pouco tempo era o meu desejo.

Tu,
Surpresa minha,
Pois que nem se quer pensava ser eu notado
E agora me perco e tu me guardo entre os teus braços e busto
Quando na verdade,
Apenas ver-te nua,
Nem que fossem apenas os teus seios,
Em que minha mente os meu olhar abusa
Nas impressões e sombras dos teus mamilos
na transparência de tua blusa.
Sim, apenas vê-los,
Seria a minha saudade mais abusadamente pura,
E em minha cabeça eu criaria a doce ilusão
que tu serias somente minha.

Me assustei,
Mal posso acreditar
que abraçaste minhas costas com tuas pernas macias
As tuas penas - que meus olhos vivem a devoram
a cada culminar dos degraus das escadas da vida deste moleque,
mas até os teus pés me afagam os lombos,
enquanto eu confuso neste ir e vir sem adeus,
mas numa dança horizontal
que tu me disseste ser indolor,
mas teus urrus e sussurros me confundem,
pois parece doer,
mas não me deixaste parar,
Até ver-te abraçar-me pós espasmo e doce exausto sorriso

Eu sempre desejei o teu corpo em sonho,
Mas só queria estar por perto
Com este muito - apenas sonhei
Pouco - muito quis
Mas desta dança
Tu foste mestra e eu aprendiz.

Incoveniente

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I N C O N V E N I E N T E
De: Henrique Musashi Ribeiro - Em, novembro
de 1998.

Por mais que minha boca 
se fizesse agrestiamente seca
De meu doce mel impetuoso
Cantar-te-ia o vento
e sopraria suntuoso em teus ouvidos
Pra que nunca ouvisse
a despedida seca de tuas mãos
Pois prefiro ver-me em braços arrepiados
Do que bem acomodado de canto no meu estofado

Perdoe-me, senhora minha,
o questionamento infante de logo mais
Que soou talvez imprudente da boca
do arrependido reticente
Que se converteu em teu poeta - este rapaz

Não sei o que vês agora quando sai à rua
E não vês tua calçada alta e nua
Esta testemunha silenciosa das pegadas de nossas mãos
Não entendo e nem entenderei se depois de tanto
serei apenas comum - rotineiro

Ó doce enlevo, porque é pecado?
Por que não deixas-te tranqüila
as minhas mãos flutuarem?
E agora
o resumo de nossas despedidas me assombra,
Pois que houve tempo,
que longos eram os acenos,
Mas que agora já aprendeste a me mandar-me silenciar

Ó adeus!
Pois que não és tão longo?
Deste de que fico me despedindo
até o romper da alva
Destes que a hora avança