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quarta-feira, 29 de julho de 2009

ÉKSTASIS

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É K S T A S I S
De: Henrique Musashi Ribeiro - Em, 21 de Outubro de 1998.

O que os teus lábios não me
falaram
As tuas mãos já me disseram
tanto
- mais do que deviam
(Mas creio que ainda não
disseram tudo)
enquanto tua boca nem som
produzia,
fizeste minha boca morder-se
em doce enlevo
enquanto passeavas e
hidratavas
os meus sonhos com o mel de
tua boca


Sim, um mel abstrato
de uma boca tal como os teus
olhos - parcos
Porém cheia de carícias
quais ofertas a minha pele
que reveste arrepiada o meu
peito,
o qual dizes, em gestos, ser
tão doce,
pois a tua língua assim me fez
pensar
em cada beijo bem vivido
por bem sentir e bem guardar tal textura
presente na tua superfície tão
opulentamente doce
Enquanto sinto a seda entre
vales e dunas
tão generosamente gostosas
as quais quase sempre me
despertam
o desejo de por sobre elas me
deitar
e quem sabe agonizar de sede
por tanto desejar beber de tua
água.



À ALGUÉM

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À ALGUÉM . . .
De: Henrique Musashi Ribeiro - Em, Maio de 1998.

Me enchi de flores e cores
Escorregaste entre meus dedos nervosos
O amigo chegou primeiro ao teu coração
Que já andara vestido da ausência
Da boa palavra amante.
O meu amigo inconsciente
Fez-se fiel oponente,
Mas ressalto...
Fê-lo sem o saber,
E triste torci por tua felicidade
Ao preço de minha dor
Tão bem escondida em bons conselhos.


Me enganei pra não me machucar
Quando vi o meu amigo em riso
Tocando-te em lábios ardentes
E sorri com ele em minha única atitude
De vestir-me de virtude
E como de outras,
Esqueci meu coração
Como cravo feio e esquecido
Pendurado na lapela
Do homem que se faz de defunto
Pra não morrer de dor.


Escorreguei inútil de flores em flores,
Dizendo gostar de tantas
E de não amar nenhuma,
Mas nada dá certo
Se nas voltas da vida
Sempre acabo me encontrando
Dissimulado contigo...
Sozinha, coração distante
Clamando a falta do amor de outro
Do mesmo que eu tenho
Abundante pra te dar.


E agora sabes de meu segredo
Do porquê de minhas reticências
Do porquê que vivo de olhar pra outras janelas
Em outras e à outras serenatas
Só quero evitar me banhar
Com tuas lágrimas
Que derramas inútil a outro
Que nem sabe que o fazes à sós
E em meio de soluços dizes enganada
Estar acostumada de nada sentir
Como se preparara o próprio óbito em vida.


Quão doloroso é dissimular,
Sentar de teu lado e fingir
Nada realçar aos meus olhos
Que faiscam a cada atenção
Presenteada de tua face linda e branca
Perfumada de tua voz tão agudamente feminina
Discreta é a minha festa de ali estar
Perto de teu buquê
Mesmo escondido atrás de minhas palmas.


Me sinto por vezes covarde e certo...
Covarde por não admitir o que canto
Oculto em meus aposentos
Por tuas janelas fragilizadas pelo tempo frio
Mas outrora certo de que podes ser feliz
Com este outro amigo tão em ti ausente,
Mas sei que eu estou mentindo não te querer...


Do meu sorriso maroto
Às vezes despercebido e zonzo
Deste teatro,
Que faço a cada encontro,
Escapa as mesmas cores que tenho
Cores que queres pintar
O teu viver tão esmaecido...
Esta cor de tão solitária flor.
E destas que percebo ausência
De uma melhor estampa
Eu me detesto por saber
Que tenho a mesma aquarela
Que coloriria tua vida
(Eu a tua e tu a minha)
Pois te tenho o arco-íris
E juro, que mesmo distante
Te carregaria comigo
E sempre iria pintar.


Outro dia a vi adormecer tranqüila
Sou teu sol noturno
Pra que tu não saibas de mim
E tu não lembres de meu olhar por ti.
Serei apenas um elemento causador distante
Da fotossíntese de tua alma


Vou inventado amores de tantas cores e sabores
Só pra não pensar em teus atributos,
Mas tudo é besteira,
Pois basta ver-te só
E repetir tudo que disse a mim mesmo
Tão exato e convicto
De não querer o que quero,
Mas sei o quanto quero,
Mas por amor minto e me escondo
De tua presença real em mim.


No meu consolo,
Acredito que percebes os pedaços
Desta histórias que deixo cair displicente,
Mas duvidas que seja contigo
O fato de que seriamos um bem,
E desconfias e acreditas
Que sou como tu o queres
E tu como eu quero também
As mesmas cores e flores.


Mas se sabes disso, meu amor...
Não fique de canto no canteiro,
Pois que não és daninha
Por que viver sem notícias em dessabor?
Perdoe-me a insolência,
Mas o que queres não é amor?
Queria poder te convidar pro meu jardim,
Te mostrar minha ciência,
Sem perturbar a paz de minha consciência.


Queria dizer-te:
-Deixe-me cuidar de ti!?
Vamos apagar tudo
E começar tudo de novo,
Só que sem a dor do adeus,
Mas que todos os nossos ais
Sejam de toda boa música de viver
Em eternos tenros momentos
De tu em mim e eu em ti.


Mas por enquanto...
Por favor...
Deixe-me de mim me esconder
E fingir não sentir a dor
De tua resposta.

Ermo

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E R M O
De: Henrique Musashi Ribeiro - Em, 19 de Abril de 1998.


Amar-te foi algo tão bom,
Embora que à triste verdade amei só,
Solitário senti os cheiro de cada flor que te ofertei
Somente eu fiquei tenso
Quando nos vimos pela primeira vez...
Mas apenas devolveste minhas flores
E nem ficaste nervosa ou ansiosa por mim
E me dizes agora que não lembras 
de nem um luar especial?
Sei lá!
E quiçá na verdade estive todo o tempo só
Enquanto nem precisavas olhar muito longe pra me encontrar,
Mas tu sempre estiveste distante...
Vai ver não sabes nem a cor de meus olhos!

Quantas músicas já não te cantei?
Não, não me digas!!!
Não lembra de nenhuma delas...
Quando no bom tempo, de minha ignorância,
Nunca se viu tão alto um palpitar,
Mas certamente não estavas perto o bastante pra ouvir,
Mas foste apenas tu aquela que não ouviu e nem suspirou
Com o que era tão meu coração,
Mas que nem passou por tua cabeça tão cheia de nada.
Mal sabes e esperas do que sei...
Ainda irás bem me perceber e lembrar...
Será ao som da ausência de meu cheiro,
De minhas mãos,
De minhas flores,
De meu luar...