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quarta-feira, 29 de julho de 2009

Ermo

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E R M O
De: Henrique Musashi Ribeiro - Em, 19 de Abril de 1998.


Amar-te foi algo tão bom,
Embora que à triste verdade amei só,
Solitário senti os cheiro de cada flor que te ofertei
Somente eu fiquei tenso
Quando nos vimos pela primeira vez...
Mas apenas devolveste minhas flores
E nem ficaste nervosa ou ansiosa por mim
E me dizes agora que não lembras 
de nem um luar especial?
Sei lá!
E quiçá na verdade estive todo o tempo só
Enquanto nem precisavas olhar muito longe pra me encontrar,
Mas tu sempre estiveste distante...
Vai ver não sabes nem a cor de meus olhos!

Quantas músicas já não te cantei?
Não, não me digas!!!
Não lembra de nenhuma delas...
Quando no bom tempo, de minha ignorância,
Nunca se viu tão alto um palpitar,
Mas certamente não estavas perto o bastante pra ouvir,
Mas foste apenas tu aquela que não ouviu e nem suspirou
Com o que era tão meu coração,
Mas que nem passou por tua cabeça tão cheia de nada.
Mal sabes e esperas do que sei...
Ainda irás bem me perceber e lembrar...
Será ao som da ausência de meu cheiro,
De minhas mãos,
De minhas flores,
De meu luar...

Desencontro

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D E S E N C O N T R O

De: Henrique Musashi Ribeiro - Em, 8 de Abril de 1998. 



Te imaginei tão diferente
em combinações de cores lindas,
tão simples e divertidas,
mas a vi em cores vivas,
já vistas no sibaritismo  
de outros tilintantes brios.

Tua voz distante
fez me pensar e sentir 
ser a própria resposta
ao dilema em teu espírito ausente,
mas quando te fizeste presente,
a angústia se plasmou 
em desculpas e álibi perfeito
pra futilmente dar-me as costas

E o meu sorriso litorâneo desbotou,
pois a minha guache não resistiu
ao banho metrolitano frio que deste
sob o sol de minha paisagem tensa
do pingo do meio dia

Agora minha cabeça
Não quer deixar meu coração descansar,
dentro parece ter tudo se congelado,
mas na teimosia de bater
meu quase nobre músculo se quebrou,
agora está em frangalhos,
Ah!Quem dera que se tu viesses...

Prefiro pensar ter sido o sol
Derreteu a minha maquiagem clown
e o seu brilho ofuscou o meu
E teu olhar não percebeu
que o meu sorriso era sincero.




Moça

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MOÇA
De: Henrique Musashi Ribeiro – Em Março de 1998.


Moça,
tenho te olhado de longe,
Mas mesmo assim tu te escondes
Deste que está de ver-te passar
Acho que fazes de propósito
Deixando-me ver o teu rosto virar
e o teu cabelo chicoteando o vento
a espalhar o teu perfume.


Fica difícil ver-te tão certinha 
e não me encantar
Quando tu passas 
virada em curvas e cores a balançar
como em uma dança 
O meu olhar trava em ti...


És o alvo das rajadas 
de minhas olhadas discretas,
Que disparam e se escondem rapidamente 
pra que não saibas
que és a minha poesia a trepidar
Até quando te sentas por perto, inconsciente
descoordena e desotimiza
tudo que a minha cabeça tem por periférico


Como a Vênus de Milo 
estás nos jardins de meus sonhos
a bem adornar tão linda os olhos 
de quem por ti passar...
E aquele teu vestido?
O vento é teu cúmplice!
Até parece que sabes, ou melhor,
que ele te conta o momento em que vai soprar.


Só tenho a agradecer 
por fazer realçar muito do que é teu.
Moça de meus encantos,
Não sejas tão mal criada!
Do teu olhar me dá um tostão!?
Deixe-me beija a flor de tua mão!
Veja a luz da lua...
O branco em candura...
Faz desejar estar presa a tua cintura
e sentir os teus agrados quentes,
e me fazem a outras moças tão indiferente,
como se teus lábios fossem as chaves 
para as correntes de meu coração


Moça de meus encantos...
Deusa de meus antros...
Chaves de meus guetos...
Corrompidora de meus preceitos profundos.
Trouxeste a tona desejos ocultamente fecundos.
Tudo isso por causa de teus traços perfeitos,
Não que tu sejas apenas ancas, pernas e peitos,
Mas és aquela que mora teimosamente agora
em meus pensamentos indecorosamente suspeitos
de te querer egoisticamente só para mim.