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terça-feira, 28 de julho de 2009

À MATINA

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À  M A T I N A
De: C. Henrique Musashi Ribeiro - Em, 2 de Junho de 1998.

E de repente o outro dia chegou
Anunciado pelas trombetas de quintais
Das gargantas do coral de seus senhores
Ainda pouco era ontem
O sono ainda não veio
E nem disse se viria.

E mais uma vez me inquieto
Deitado sobre a bruma
De minhas fantasias tão reais
E cercado pela névoa de minhas dúvidas,
Bem entendo toda esta falta de nitidez,
Pois eu a produzi...

Me recuso a não pensar em mim
Me recuso a ver certos olhos
E certa branca face linda
Tentadora amiga
De dias a mais que os meus
Me recuso a sentir um coração além do meu
Renunciando do que sinto
Por certo fato comum
De meu querer
Ter se engraçado inocente
Por um anjo comprometido amigo,
Mas eu quero cuidar desta criatura,
Embora me esconda.

Na verdade me escondo por medo,
Pois o raro que quero
Saiba e finja não saber de mim
E quem sabe deva ou possa não me querer
Na mesma moeda em que pago
Por minha renuncia.

UM CORAÇÃO

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UM CORAÇÃO
De: C. Henrique C. Musashi Ribeiro - Em, 18 de Abril de 1998.

Tenho um coração,
mas já não sei
se ele que bate no meu peito
ou se ele bate em mim
ou então se é a vida que bate nele.

Tenho um coração...
Sou bem grato por ser apenas um...
Não sei se agüentaria a carga de dois
Não tenho tanto peito pra tanta pressão
Por um só já me custa tantos sorrisos amarelos...
Mas não obstante um outro aceitaria,
desde que fora de mim,
pra fazer par com o meu
ou algo assim "de você pra mim"

Tenho um coração...
to cansado de saber,
e ele de ouvir dizer,
que nem sempre o belo
se acompanha da temperança
e da irmã perseverança...
E já sei que o garbo quase nunca
está com a força do irmão caráter...

Tenho um coração...
Quem dera se fosse de pedra,
Mas se o fosse doeria bem mais,
E certamente iria apedrejar ao invés de palpitar
Então fico eu feliz
com este meu pedaço de carne mole,
Vivo e inquieto
Acho que nem palpita,
Mas simplesmente protesta
Contra o mal do século,
que ele diz ser a solidão.

PAIXÕES

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P A I X Õ E S
De: Henrique Musashi Ribeiro - Em, 3 de Março de 1998.


As minhas paixões em vida

são balanços de doces feridas

sentado me vejo em um bonde

sempre de malas prontas

e mãos já esticadas esperando para dizer
adeus


e um olá de vez em quando,


mas nunca pedido para ficar




O bonde é sempre o mesmo,


só muda o clima, a direção do vento

e os meus cabos de aço

São tantas subidas e descidas,


tantas paisagens perdidas


por está sempre olhando para um outro
lado


Minhas paixões

são minhas viagens planejadas,


mas que ao final da tudo errado.